Um dia, enquanto mergulhava em um recife na costa do Havaí, Patrick Seligman fez um amigo improvável. Ali, aninhado em segurança no canto de uma rocha, havia um camarão colorido, um camarão limpador do Pacífico, para ser específico. Quando Seligman se aproximou, ele chamou sua atenção.
“Eles são muito comuns nos recifes do Havaí, mas nem todos estão dispostos a interagir com humanos”, disse Seligman.
Este camarão em particular, no entanto, era muito simpático. “Os camarões mais limpos”, eles são chamados assim por terem o costume de mordiscar parasitas e comer a pele morta de animais, praticamente limpando tudo que veem, e esse camarão havia acabado de terminar com um cliente: uma enguia visitante.
Para a sorte de Seligman, o camarão evidentemente teve um horário livre em sua agenda para ele depois disso. Removendo seu aparelho respiratório, Seligman abriu a boca – e o pequeno camarão nadou direto para dentro. Seu alvo? Seus dentes.
Ao longo das semanas e meses que se seguiram, sempre que Seligman ia mergulhar perto daquele local, ele aparecia para uma limpeza do mesmo pequeno higienista dental prestativo. Ele às vezes até trazia companheiros para arrumar os dentes também.
“Nós mergulhamos lá uma ou duas vezes por semana”, disse Seligman. “É divertido parar por alí para limpar os dentes, especialmente com amigos que nunca viram isso antes.” Essas visitas regulares duraram cerca de um ano – durante o qual os dentes de Seligman nunca estiveram tão saudáveis.
“Acho que visitas frequentes ao camarão limpador local são uma excelente maneira de manter sua higiene dental”, disse ele.
Infelizmente, não poderia durar para sempre. Durante um mergulho, após uma forte tempestade, Seligman visitou a estação de limpeza de sua amiga apenas para descobrir que ela havia ido – provavelmente tendo se mudado para estabelecer sua prática de limpeza em outro lugar no recife.
Embora a rotina de limpeza de Seligman pareça ter chegado ao fim, seus sentimentos calorosos em relação ao camarão, onde quer que ela esteja, não chegaram.