Nicky é uma cadelinha sem raça definida de pequeno porte que nasceu do cruzamento inesperado entre sua mãe e o irmão biológico mais velho dela. Como resultado, ela nasceu com uma série de doenças congênitas, as quais sua mãe, Carol Garcia, busca amenizar para prover à ela mais qualidade de vida.
“Gosto de dizer que são ‘detalhes’, não doenças, porque ela não tem problema algum!”, afirma Carol, buscando trazer uma retórica diferente e mais positiva sobre a realidade de Nick.
A cadelinha nasceu sem olhos e com uma arcada dentária maior do que a boca, de modo que seus dentes ficam para fora. “Ela também tem uma patinha que digo que é rock and roll, porque ela tem mais ou menos esse formato: 🤟🏻 E ela ouve melhor de um lado do que do outro, por isso vira a cabecinha num ângulo que parece que está apossuída! 😂”, conta Carol.
Nicky gosta de demonstrar toda a sua alegria girando em volta do próprio corpo, como se estivesse correndo atrás do próprio rabinho. “Ela também faz isso para se ‘geolocalizar'”, explica a dona.
Quando a pequena foi adotada, era pequenina e pesava meros 416 gramas. Ela fora rejeitada pela própria mãe, que se recusava a amamentá-la. “O primeiro veterinário disse que ela não tinha expectativa de vida, mas eu não ia deixá-la morrer, então a levei em outro médico, que cuida de outra cachorra minha. Ele disse que se eu cuidasse bem dela, ela iria viver por muitos anos”, relata Carol.
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A cachorrinha foi pra casa da mamãe adotiva com 38 dias de vida. De início, ela batia leite com ração na mamadeira e dava à pequena.
“Nicky era muito assustada no começo porque eram vozes e cheiros diferentes, não estava acostumada. A vovó dela trabalha na parte da frente da casa, então ela tinha uma casinha daquelas acolchoadas lá na sala de espera da vovó… Só que chegava a noite ela uivava e chorava porque não queria ficar sozinha, então eu vinha com o colchão dela, colocava no consultório da vovó, a levava pra lá e ela só dormia quando percebia que a mão da mamãe tava dentro da casinha dela!”, conta Carol.
A jovem e sua mãe têm cuidado tão bem da cachorrinha que ela continua 100% de saúde desde sua adoção. Seu apelido carinhoso é ‘mortadelinha’ ou ‘cilindro de oxigênio’ e por aí vai!
“Só porque agora ela é uma gordinha gostosa que nem pescoço tem mais! Eu digo que ela é a doguínea mais linda do mundo. Não é porque ela não enxerga que não pode levar uma vida normal! Ela leva sim! Brinca com a irmãzinha mais velha dela, dorme e se diverte com ela.
Além disso, ela passeia de mochilinha comigo e late pras pessoas (encrenqueirinha) quando tentam pegar sua comida! Enfim, Nicky leva uma vida normal, apesar dos seus “detalhes”! Ela sabe nunca vai poder ver a mamãe, mas eu sei que ela me ama muito, assim como eu amo ela!”, concluiu a mamãe adotiva.
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